Com as eleições 2024 se aproximando, se aproximam também os políticos interessados no voto dos evangélicos, o que não é diferente para os futuros candidatos ligados à extrema-esquerda, como Guilherme Boulos, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) de São Paulo.
Visando disputar a Prefeitura da capital paulista, o esquerdista que ficou nacionalmente conhecido por seu apoio ao Movimento Sem Terra, acusado de invadir propriedades pelo Brasil, pretende driblar a rejeição dos evangélicos evitando entrar no mérito das pautas morais e de costumes.
Em vez disso, Boulos pretende apelar para a temática social, investindo na população periférica, onde esse tipo de discurso é mais aceito. “Boa parte dos evangélicos da cidade de São Paulo, pentecostais, neopentecostais, são moradores da periferia e sofrem com carência dos serviços públicos, dificuldades que têm a ver com a atuação da Prefeitura”, disse ele, segundo o Metrópoles.
“É a partir desta perspectiva e deste viés, os temas concretos da vida, e ter uma gestão mais humana e solidária, que vamos tratar o diálogo com os evangélicos”, afirmou Boulos.
Outra estratégia
Ciente de que grandes denominações, como a Assembleia de Deus e Universal do Reino de Deus apoiam o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), Boulos pretende implementar outra estratégia, que é investir nas igrejas pequenas.
Isto é, a ideia é tentar compensar a influência das grandes igrejas, buscando o apoio das pequenas denominações espalhadas pelo estado, especialmente nas regiões mais carentes.
“Já tivemos um encontro, faz um mês e pouco, com mais de 20 pastores de igrejas do Jardim Ângela e do M’Boi Mirim. Temos feito diálogo com esse seguimento e aqui na campanha essa será uma preocupação: buscar quebrar essa barreira”, disse ele.
Não é a primeira vez que o representante da extrema-esquerda busca o apoio das igrejas. Ele fez o mesmo em 2020, apesar de ter debochado, no ano passado, de uma campanha de jejum realizado por cristãos em clamor por eleições limpas.
Fonte: G+
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